Em matéria publicada esta segunda (30/3) pelo Estadão, o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, informou ao Broadcast que o governo prometeu medidas para enfrentamento da pandemia do novo coronavírus ainda essa semana. “O que não falta é frente para estimular a economia via construção civil”, disse Martins.
Segundo ele, a crise atingiu o setor quando começava “a pegar voo”, depois de anos de recessão e paralisia. A estratégia é evitar um agravamento mais profundo que retarde a retomada. Para Martins, a garantia da continuidade de pagamento das obras é importante na crise para não deflagrar o círculo vicioso. “Nosso produto tem a característica diferente, já está contratado. Não tem que vender o sapato. Ele já está vendido”, afirmou.
O presidente da Cbic disse que alertou autoridades do governo, entre eles, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, para a importância de manter os pagamentos. A construção civil não parou na crise e mantém o trabalho nos locais onde há permissão. Mas, Martins ressalta que as empresas estão seguindo recomendações de saúde, ampliando os turnos para evitar concentração no transporte e na alimentação nos refeitórios das obras.
Há pouco mais de um mês foi confirmado o primeiro caso do novo coronavírus (Covid-19) no Brasil. A partir disso, várias iniciativas estão sendo tomadas pelos três níveis de governo visando atenuar os efeitos sociais e econômicos. Na avaliação do Ministério da Saúde, o primeiro mês do coronavírus no Brasil foi abaixo da expectativa, com evolução de 33% a cada dia. No entanto, o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, em matéria da Agência Brasil, alerta que para abril as estimativas não estão favoráveis.
A preocupação da equipe aumenta, pois, este momento coincide com o pico de casos de dengue e influenza. “O país está no início da curva de crescimento”, frisa o secretário. Portanto, informação e cuidados pessoais são de extrema importância para conter a disseminação. Eliminar focos de dengue e vacinar-se conforme o calendário é fundamental, recomendou Oliveira.
O CBIC concorda que o desafio requer serenidade, cuidado, parcimônia. “Ações de prevenção não podem deixar de ser tomadas visando a proteção da população, ao mesmo tempo que não se pode também deixar os cidadãos sem o acesso a utilidades que lhes são indispensáveis.” Entre elas citam a construção civil. “Com a paralisação das atividades de construção deixarão de ser feitas as montagens de estruturas de segurança, unidades de saúde não serão edificadas, ampliadas ou mesmo mantidas”, frisa a CBIC. A entidade acrescenta que “sem a manutenção de redes, realizada por meio da atividade de construção, pode haver o risco de desabastecimento de água, comprometer o tratamento de esgoto ou mesmo levar ao colapso os serviços de telecomunicações”.
Além disso, afirma que o canteiro de obras é um ambiente de trabalho aberto, onde não há aglomeração de pessoas externas. E, sobretudo, trata-se de uma indústria com rigorosos procedimentos de saúde e proteção de trabalhadores e terceiros. “As empresas, por obrigação legal, devem oferecer equipamentos de proteção aos trabalhadores. Uniformes completos, que protegem o corpo inteiro. Luvas, óculos e máscaras de proteção são comumente utilizados na execução dos trabalhos”, pontua a CBIC. No entanto, sublinham que orientações de autoridades públicas de saúde devem ser respeitadas.
Por meio da Comissão de Obras Industriais e Corporativas (COIC), a CBIC divulgou o documento ‘O segmento de Obras Industriais e Corporativas e o Coronavírus (Covid-19)’, com foco com sugestões de ações às empresas, que englobam atenção especial à proteção da saúde e segurança de todos os profissionais envolvidos.
Para eles, o segmento demanda muita mão de obra e uma utilização intensa de equipamentos. Além disso, se caracteriza pela geração de empregos formais em sua totalidade. Contudo, não se pode ficar alheio ao COVID-19. Assim sendo, esclareceram que “defendem a continuidade racional das obras, com a adoção de todas as medidas e ferramentas para prover aos trabalhadores do segmento a segurança necessária para proteger sua saúde na jornada de trabalho”.
O presidente do COIC/CBIC, Ilso José de Oliveira, defende que as sugestões contidas no documento devem ser avaliadas para uma tomada de decisões conjuntas, “entre empresas contratantes e contratadas, levando também em conta a opinião dos operários e a contribuição dos sindicatos laborais”. Entre as sugestões, “intensificar a adoção de medidas de assepsia dos funcionários, como por exemplo, álcool gel”. Reduzir a equipe nos transportes também é aconselhado.
A Possebon, desde o início tem seguido as orientações do governo, estando atenta aos desdobramentos mundiais e orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com a técnica em segurança do trabalho da Possebon, Cinthia Almenda Padilha, os setores administrativos estão trabalhando em regime de home office. A fim de resguardar os funcionários – o setor de construção não recebeu ordem dos governos para paralisar por completos as obras –, a empresa optou pela considerável redução nas equipes em campo em todos os serviços e obras que vem atuando (aproximadamente 60% de redução).
“No contrato de conservação e manutenção da faixa de servidão do gasoduto, por exemplo, acordamos férias com 14 equipes. As 5 equipes que estão trabalhando em campo, estão trabalhando próximo de suas casas para evitar o deslocamento e consequentemente a exposição ” explica. Além disso, Cinthia conta que reduziram o número de passageiros nos carros, distribuíram álcool gel e reforçaram orientações passadas por órgãos responsáveis aos funcionários. Tais como, manter as janelas do veículo aberta, cuidados com seus Equipamentos de Proteção Individual e, sobretudo, com qualquer possível mudança em sua saúde.
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