O ano começou e a Indústria da Construção apresenta perspectivas favoráveis para 2023, com crescimento esperado de 2,5%, mantendo o ritmo de expansão acima da economia nacional que vem desde 2020.
Além disso, a construção civil teve um avanço de 17,7% no biênio 2021-2022 (para se ter uma ideia, a economia nacional obteve 8,2%, sendo novamente superada pelo setor), de acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
A organização também mostrou que até setembro de 2022, foi alcançado um patamar de 16,4% superior ao período pré-pandemia (2019).
O mercado de trabalho, por sua vez, recuou em dezembro do ano passado, com 46,6 pontos, ficando novamente abaixo da linha divisória de 50 pontos do índice de evolução do nível de atividade da indústria.
O índice de evolução do nível de número de empregados da construção foi pelo mesmo caminho, se situando em 46,9 pontos, o que aponta queda no emprego pelo segundo mês consecutivo. Porém, é válido ressaltar que a época do ano possivelmente influenciou nesses quesitos.
Os dados são dos Indicadores Econômicos – Sondagem Indústria da Construção da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
No entanto, alguns outros pontos de atenção também se mostraram latentes e devem causar impacto significativo no andamento do segmento dos próximos meses.
Desde julho de 2020 o setor industrial não demonstrava queda na confiança dos empresários. Os principais fatores apontados pelo Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) são as condições atuais e as expectativas, ambos componentes avaliados pelo estudo e que migraram para patamares negativos.
Confira os indicadores divulgados no dia 12 de janeiro de 2023:
Um dos fatores que devem estar entre os principais objetivos do setor é melhorar a participação no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Nos últimos anos, a atividade demonstrou queda, passando de 6,5% em 2012, para 3,3% em 2021, de acordo com a CBIC.
“É prioritário que o nosso setor seja mais produtivo, que a competitividade setorial aumente e, para isso, é preciso do desenvolvimento tecnológico. Para ter desenvolvimento tecnológico, é preciso capacitar, inovar, incorporar muita tecnologia de gestão”, afirmou o presidente da Câmara, José Carlos Martins.
Na avaliação das empresas demonstrada na Sondagem, a situação financeira está perto do satisfatório e esse é o melhor parâmetro desde o último trimestre de 2013. O avanço do índice de satisfação foi de 1,6 ponto para 49,5 pontos, número que se situa muito positivamente próximo da linha divisória de 50.
No entanto, ainda assim, a desconfiança novamente se faz presente nesse quesito devido à a margem de lucro e a facilidade de acesso ao crédito que recuaram, mas, em contrapartida, apesar da queda, estão acima de suas médias históricas, ou seja, a insatisfação é menor com a margem de lucro e a dificuldade de acessar crédito.
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