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Indústria da construção: o que esperar para 2021?

O setor da construção civil tem apresentado números positivos, o que anima as projeções para o ano que vem. Pelo terceiro mês consecutivo, o índice de nível de atividade mostra aquecimento. Essa alta da atividade vem estimulando o aumento do emprego, que em outubro foi especialmente intenso e disseminado pelas empresas do setor. Os dados são da Sondagem Indústria da Construção, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria na última terça-feira (24).

De acordo com o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, as informações da Sondagem, “confirmam a tendência de expansão do setor da construção civil, que despontou com bastante intensidade depois de um forte impacto observado no começo da pandemia, especialmente nos meses de março de abril”.

Fonte: CNI

Empresário da Indústria da Construção retoma confiança

Números positivos também no Índice de Confiança do Empresário (ICEI) de novembro – retomando sua trajetória de altas interrompida em outubro. O relatório divulgado pela CNI na quarta-feira (25) mostra avanço da confiança em 22 dos 30 setores da indústria pesquisados. “Sobretudo em razão da melhor percepção dos empresários da indústria quanto às condições atuais da economia brasileira e das empresas, na comparação com os últimos seis meses.”

O ICEI-Construção já recuperou a maior parte da confiança perdida em março e abril, mas ainda está inferior aos valores de antes da pandemia. Para o CNI, a alta se deu principalmente por conta da melhora da percepção dos empresários sobre as condições atuais de seus negócios e da economia brasileira. “O Índice de Condições Atuais subiu 3,1 pontos e voltou a superar a linha de 50 pontos, o que não acontecia desde março. Ao superar a linha divisória de 50 pontos, o índice mostra que o empresário percebe melhora das condições correntes de seus negócios e da economia”, resume o relatório.

O Índice de Expectativa aumentou 1,8 ponto, para 62,8 pontos, mostrando continuidade do sentimento de otimismo disseminado em relação aos próximos meses.

Fonte: CNI

A intenção de investir do empresário da construção aumentou em novembro. O índice de intenção de investimento registrou 42,4. Alta de 1,5 ponto em relação a outubro. Assim, retoma sequência de altas que havia sido interrompida no mês anterior. Afinal, o índice havia crescido por quatro meses consecutivos antes de registrar queda em outubro.

Fonte: CNI

Ademais, a atividade industrial mantém-se em alta, acompanhada por crescimento nas contratações. A indústria, que já operava acima do usual para o mês em setembro, continuou aquecida em outubro.

Construção Civil tem melhor resultado no mercado de trabalho

Para a CNI, esse aumento nos últimos meses vem se refletindo na criação de empregos. “Em outubro, foi bastante forte e disseminado, vindo do aumento da atividade. O que é uma excelente notícia porque emprega bastante e ajuda na recuperação da atividade econômica”, completa.

Esta visão vai de encontro com os dados divulgados nesta sexta-feira (27), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com o resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD Contínua, referente ao 3º trimestre de 2020. A Construção foi o setor com os resultados mais positivos no mercado de trabalho. O número de pessoas ocupadas na Construção Civil passou de 5,323 milhões no segundo trimestre para 5,722 milhões no terceiro trimestre. Portanto, o setor registrou incremento de 399 mil ocupações neste período.

Projeção para 2021

Todas as amostragens estimam uma projeção otimista para 2021. Inclusive, diminuíram déficits de 2020. De acordo com a Agência Brasil, o Banco Central (BC) reduziu a projeção de queda da economia brasileira este ano. A estimativa de recuo do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 6,4%, previstos em junho, para 5%.

Para o setor industrial e de construção, o BC espera por “recuperação disseminada, com a produção voltando ao longo do ano aos patamares do período pré-pandemia, em linha com a gradual recuperação do mercado de trabalho e aumento das demandas interna e externa”.

As projeções do BC seguem as apontadas por um estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI). De acordo com o relatório, a construção civil vai cair 5,2% no continente latino-americano em 2020, com boa perspectiva de retomada em 2021, podendo crescer 3,4%. O levantamento usa dados da Federação Interamericana da Indústria da Construção (FIIC) e se aproxima de levantamentos divulgados pela consultoria GlobalData, que estima retração de 5,5% do setor em 2020.

Fonte: FMI

Segundo o divulgado, o presidente da Federação Interamericana da Indústria da Construção (FIIC), Sergio Toretti, confia na retomada do crescimento em 2021, uma vez que o setor é fundamental para que a economia do continente supere a crise na pós-pandemia.

“Não há qualquer dúvida de que a construção será o vetor para superar a crise. Por várias razões. Primeiro, é um grande gerador de empregos; segundo, é um motor de reativação econômica muito importante e de efeito imediato, por causa do tamanho da cadeia produtiva que envolve. Vai desde grandes construtoras até microempresas prestadoras de serviço, passando por fabricantes de materiais e de equipamentos”, reforça Toretti.

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